Desordem

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Goiânia, GO, Brazil
Inconstante e imprevisível. Quase sempre em profunda desordem e confusão.. mas sempre com sinceros motivos e sentimentos extremamente aflorados. Não escrevo com a intenção de que gostem tampouco de que me entendam. Apenas escrevo. E me sinto bem com isso. São os 10 minutos do meu dia que tiro para ser eu (ou pelo menos tentar). São palavras confusas, muitas vezes tristes e outras tantas com excesso de alguma coisa... amor, saudade, alegria, raiva, tristeza, desejo, paixão... tudo quase sempre exagerado. Não me julgue e nem ao menos tente me entender pelo que eu escrevo, nem tudo foi verdade, nem tudo eu vivi. Grande maioria eu fantasiei ter vivido por um motivo qualquer que naquele momento me pareceu válido. E no fundo eu queria mesmo que tudo fosse como eu escrevo, sem mudar uma vírgula do lugar.

segunda-feira, 7 de março de 2011

"Quando partiu, levava as mãos no bolso, a cabeça erguida. Não olhava para trás, porque olhar para trás era uma maneira de ficar num pedaço qualquer para partir incompleto, ficado em meio para trás. Não olhava, pois, e, pois não ficava. Completo, partiu."



.. e eu não vou me contentar. Não dessa vez.
Teu amor pode ser pouco, tuas palavras menos ainda. Mas eu não vou me contentar.
A vida é muito para eu aceitar apenas o teu pouco. Logo eu que te dei tudo, sem ao menos calcular o tamanho desse tudo. 
Te dei todo meu amor, todo meu querer, todo o meu desejo, toda minha alegria, toda tristeza, toda raiva, todo prazer, todos os beijos, todos os abraços, todo meu carinho, toda compreensão, todo silêncio acompanhado de todos aqueles olhares apaixonados que eram só seus, para quando não houvesse mais palavras capazes de expressar tudo que sentia. Te entreguei tudo de mim. 
E agora você vem me dizer que eu devo me contentar com o que tenho. Logo eu.. 
Não, eu não eu quero o teu pouco. 
Pode ir embora com suas poucas promessas, poucas palavras, poucos sentimentos, pouco carinho, pouco amor, poucos beijos, pouca paixão, pouco você. 
É tudo tão pouco que eu tenho certeza que a bagagem será pequena, não o incomodará. 
Coloque tudo em uma sacola de plástico, dessas de supermercado mesmo. Amarre-a com apenas dois nós, para que um dia você possa abri-la novamente, caso você resolva colocar um pouco mais de sentimento aí dentro. Guarde-a com aqueles velhos livros que estão no fundo do armário, aqueles que você talvez nunca mais volte a ler, mas que se um dia precisar ou simplesmente sentir vontade de lê-lo novamente, estará lá, intacto. No mesmo lugar, assim como você deixou. Um pouco empoeirado, talvez com algumas páginas amassadas ou até mesmo arrancadas, mas nada muito difícil de consertar.
E se não for pedir muito, você podia me devolver um pouco de tudo que te dei, só um pouco. Porque tudo eu seria incapaz de carregar sozinha, precisaria de muito mais que um única sacola barata. E só um pouco eu tenho certeza que será o bastante para recomeçar..



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