Desordem

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Goiânia, GO, Brazil
Inconstante e imprevisível. Quase sempre em profunda desordem e confusão.. mas sempre com sinceros motivos e sentimentos extremamente aflorados. Não escrevo com a intenção de que gostem tampouco de que me entendam. Apenas escrevo. E me sinto bem com isso. São os 10 minutos do meu dia que tiro para ser eu (ou pelo menos tentar). São palavras confusas, muitas vezes tristes e outras tantas com excesso de alguma coisa... amor, saudade, alegria, raiva, tristeza, desejo, paixão... tudo quase sempre exagerado. Não me julgue e nem ao menos tente me entender pelo que eu escrevo, nem tudo foi verdade, nem tudo eu vivi. Grande maioria eu fantasiei ter vivido por um motivo qualquer que naquele momento me pareceu válido. E no fundo eu queria mesmo que tudo fosse como eu escrevo, sem mudar uma vírgula do lugar.

domingo, 6 de março de 2011

Caio Fernando Abreu



  
    Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita.        
      Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!



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