Desordem

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Goiânia, GO, Brazil
Inconstante e imprevisível. Quase sempre em profunda desordem e confusão.. mas sempre com sinceros motivos e sentimentos extremamente aflorados. Não escrevo com a intenção de que gostem tampouco de que me entendam. Apenas escrevo. E me sinto bem com isso. São os 10 minutos do meu dia que tiro para ser eu (ou pelo menos tentar). São palavras confusas, muitas vezes tristes e outras tantas com excesso de alguma coisa... amor, saudade, alegria, raiva, tristeza, desejo, paixão... tudo quase sempre exagerado. Não me julgue e nem ao menos tente me entender pelo que eu escrevo, nem tudo foi verdade, nem tudo eu vivi. Grande maioria eu fantasiei ter vivido por um motivo qualquer que naquele momento me pareceu válido. E no fundo eu queria mesmo que tudo fosse como eu escrevo, sem mudar uma vírgula do lugar.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

  
 Não eram nem 8hs quando ela despertou. O sol radiante, batia bem na janela daquele quarto escuro e sem vida. Ela sem ânimo e com imenso sono de uma noite mal dormida  impediu que o sol adentrasse seu quarto com um único e ligeiro gesto. Fechou a cortina, virou-se e tornou a dormir. Nem sequer quis ver o dia lindo que se levantava por trás daquela cortina, prefiriu mais uma vez fechar os olhos e esconder-se da vida que lhe aguardava, talvez por medo, talvez por medo, talvez por medo. Simplesmente medo. Medo de não mais ser feliz. Medo de mais uma vez em vão se arriscar. A vida já havia lhe castigado tanto, que achava mais seguro esconder-se mesmo de tudo. Lá naquele quarto ela não corria riscos de se machucar, la nada a alcançaria... nada, absolutamente nada. Nem o mal nem o bem, nem a solidão da chuva nem a força que o sol traz para curar essa solidão, nem a lágrima nem o riso, nem a tristeza de uma flor morrendo e caindo de sua árvore nem a alegria de ver outra brotando no mesmo lugar. Lá não exitia sofrimentos, mas também não havia felicidade, ela não chorava, mas também não sorria, não se iludia mas também não amava. Era um ser isolado de tudo e todos que só podia observar a vida passar pela janela do seu quarto.
Passavam lagrimas, sorrisos, amores, tristezas, paixões, ilusões e ela ali.. alheia a tudo de bom e ruim que uma vida pode oferecer. Mas segura. E era isso que a confortava.

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Vale mesmo a pena se isolar de tudo só para não sofrer?
Vale mesmo tapar os olhos e fechar a cortina para mais um dia que se ergue nos dando toda a força necessária para lutar e seguir em frente?
Vale mesmo fingir que não se é triste e nunca conseguir sorrir verdadeiramente?
Vale mesmo viver escondido no escuro por medo de se queimar no sol?
Vale mesmo fingir que se vivi?

E eu ainda prefiro mil vezes me queimar.


Não nasci pra ser figurante e simplesmente passar pela vida.

3 comentários:

  1. Uma menina com características normais da sociedade atual. Já não vemos nas pessoas a vontade de lutar por aquilo que se quer... O que vemos é medo.

    "Vale mesmo viver escondido no escuro por medo de se queimar no sol?"
    Boa pergunta!

    Um beijo nas suas imensas bochechas, querida.

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